Araçatuba, de belezas tantas, que eu nem sei quantas e por onde eu deva começar - José Hamilton Brito

Grupo Amigos da Seresta - Araçatuba
Desconheço o nome do autor  mas, sei que a Inezita Barroso cantava a música:  “Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos...”

Nossa, eu daria o violão do Mario Carteado  para ter escrito a letra da bela música, mas falando da minha cidade.

Mais ou menos assim: Araçatuba que eu adoro tanto...

Aqui não temos as serras e os montes de lá mas,  eles não têm, por exemplo, um Tietê de águas cristalinas, com os seus ranchos maravilhosos, mostrando a pujança e o bom gosto deste povo que sabe o que quer e como consegui-lo.

As nossas loiras e morenas são mais bonitas que as deles...E as ruivas, então!

As nossas  baixinhas são mais baix.... Esquece !

Talvez aqui falte um restaurante como aquele do Mirante, no rio Piracicaba, onde se faz, ou fazia, um pintado na brasa que , pelo amor de Deus.

Mas temos  os nossos grandes pontos de gastronomia; costumam aparecer até nos grandes programas de culinária das televisões.

CLIQUE AQUI e ouça a música AMOR ANALFABYTE, com Talita Rustichelli e banda Balaio de Vó 

O meu finado amigo e poeta e escritor José Geraldo Martinez costumava  dizer que Araçatuba era qual um caboclo escondido: tímido, matuto, caipira, com barbas de araçás e pernas de aroeira.

Se era, não é mais.

O tempo não parou por aqui e como  ele urge, a cada momento a cidade  renasce com um novo investimento sendo feito, um novo ponto de trabalho criado , um novo foco de cultura mostrando ao mundo que aqui o princípio da  mens sana in corpore sano não é coisa de
cigano, não vive mudando. O principio é levado a sério.

-Hein?....Não criatura, refiro-me ao adjetivo. Mas o Sério é serio, uai !

No começo da sua história, a coisa era meio esquisita, mas como colocar os trilhos sem fazer o que fizeram?

Eu não jogarei a primeira pedra até porque tinha gente minha já nesta época por aqui no habitat dos araçás.

Com os trilhos, o café; depois o algodão e, a seguir,  o boi e agora temos a cana para fazer nossas caipirinhas...Quer dizer, para o combustível que possa mover o nosso progresso.

Ainda lembrando o Zé, a cidade veste-se com o seu terno de piche . Substituiu as estradas boiadeiras por avenidas que lembram as grandes chaminés produtoras dos famosos Montecristos ou La Habanas, os famosos charutos cubanos.

Aqui não temos um centro cívico, como em Curitiba, onde se vê a arte  unida  à natureza e tampouco temos um jardim botânico como eles têm mas, eles não têm o que nos temos e aí fujo de qualquer comparação. Eles têm muitas coisas e nós, brasileiros, nos orgulhamos delas. Mas, nos temos o nosso motivo para ficar
orgulhosos.

E o que temos?

Temos , por exemplo, uma praça central que...Ah!

Temos um bosque e um zoológico que...Ah! Também.

Temos uma praça João Pessoa, também conhecida como a praça da caixa d’água e que vai se transformando a cada dia em um polo de cultura, com manifestações artísticas variadas.

Nossa vida cultural é rica e variada, senão vejamos : no teatro temos Os Mancomunados, nas artes temos a
Ângela Vinagre, Sílvia Regina Teodoro,  o Laerte Silva, Tânia Antunes, Leminsky; nas artes plásticas, o Paulo
Martins,a Duxei Vinhas, a Margareth Martins, na música o Kadá, o Mário Carteado, o Mário Eugênio que
Jesus ama, mas ainda não sabe o porquê, o Marcelo Amorim, o grupo Amigos da Seresta. 

Na literatura grandes nomes como professor Pedro César Alves, Marilurdes Campezzi, Cidinha Baracat, Tito Damazo,
Helio Consolaro,  Emilia Goulart, Marianice Paupitz, Antenor Rosalino, Antônio Luceni e os seus demais confrades e  confreiras.

No Grupo Experimental a Alice
Mara da Silva, a Elaine Alencar, a Larissa Marzineck...E eu. Brincadeirinha.

Corais então é o que não falta: Coralito, da Rede Educativa (Colégio das Irmãs); Apeoesp; Unesp; Encanto , da maestrina Eliane , com destaque para o
grande soprano Aurélio Rosalino.

Temos um complexo que dignifica a mídia televisiva, como o SBT. Na Folha da Região nomes como Talita, Arnon Gomes, Talita Carneiro ; no Liberal, Antônio Luceni, Celia Vilella.

Assim, que se dane, vou citar:

“Araçatuba, que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos...um filho ausente a suspirar por ti.”

*José Hamilton Costa Brito, advogado, escritor, membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras

Um comentário:

  1. Ah! modéstia a parte, gostei. Muito boa a formatação e oportuna a musica da Taiita

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