Terra dos araçás - Antenor Rosalino

Araçatuba nos seus 109 anos
A cidade de Araçatuba, completa esse ano o seu 109.o aniversário de fundação. Em princípio: as matas virgens, as colinas verdejantes, habitat de acrobáticos pássaros multicores e das antigas tribos Caingangues.

No fluir da natureza em seu rito gradual de constante transmutação, este esplendente rincão também se modificou. Surgiram os homens brancos, as plantações cafeeiras e os desbravamentos começaram.

Com labor e sacrifício, muita luta e heroísmo, a estaçãozinha de trens logo se edificou e, com ela, os primeiros sinais do progresso foram gradativamente se alojando.

Tornou-se, com méritos, líder da região noroeste do Estado de São Paulo, e ostentou a magnitude de tornar-se ponto de concentração da tropa noroestina do Movimento Constitucionalista.

A imprescindível corporação de bombeiros - primeira no Estado - formada por voluntários desfilava em saudosos tempos a magnitude de sua florescência: orgulho de nossa gente!

Predestinada ao seu garbo paradisíaco, a cidade liderou com galhardia a plantação nacional algodoeira formando, nos tempos idos, brancos mares em vastos campos arvenses!

Em nova fase econômica, ostentando seus dotes marcantes de versatilidade, insurgiram em seu leito aquiescente, as plantações canavieiras e a pecuária alvissareira.

É polo e modelo de sustentabilidade econômica, e, na área cultural, é exemplo para todas a cidades. Conta, ainda, com o Concurso de Contos Cidade de Araçatuba, já conhecido nacional e internacionalmente.

Para regozijo de nossa gente, ainda é possível visualizar em meio a edifícios gigantes, arquiteturas modernas e palacetes: coqueirais, plantas antigas esvoaçando-se exuberantes.

  Salve Araçatuba! Doce fonte frutífera de saborosos araçás, frutas das plantas mirtáceas, genuínas da América, tendo originado daí, a sugestão do seu nome e o histórico cognome “Terra dos Araçás”.

Suas denominações sempre foram justas: “Terra do Boi Gordo” “Cidade indicada para grandes investimentos”.

Traz em seu bojo também o mérito do cognome “Cidade do Asfalto”, pois fora pioneira em todo o interior paulista, a usufruir desse benefício indispensável e ornamental.

Quanta saudade arraigada de seus límpidos riachos, dos pássaros e frutas assaz...

Lembranças, doces lembranças do desabrochar de araçás!

Bravos, valentes fundadores de ontem... Não menos bravos, seus munícipes de hoje: laço uníssono e legado de nobreza a trazer, do progresso, suas vertentes e proezas!

*Antenor Rosalino é escritor e membro da Academia Araçatubense de Letras


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