Terra dos Araçás- poesia - Antenor Rosalino

Araçatuba, ontem, primórdios

Em princípio: as  matas virgens, as
colinas verdejantes, habitat de acrobáticos
pássaros multicores e das tribos Caingangues
em passos errantes!

No fluir da natureza em seu rito gradual
de constante transmutação, este esplendente
rincão também se modificou. Surgiram os
homens brancos, as plantações cafeeiras
e o desbravamento começou.

Com labor e sacrifício, muita luta e heroísmo,
a estaçãozinha de trens logo se edificou,
com ela, os primeiros sinais do progresso
que se alojou!

Líder grandiloqüente da região noroeste do
Estado de São Paulo, ostentou a magnitude de
tornar-se ponto de concentração da tropa
noroestina do Movimento Constitucionalista.

A imprescindível corporação de bombeiros -
primeira no Estado - formada por voluntários,
desfilava em saudosos tempos a magnitude de
sua florescência: orgulho de nossa  gente!

Predestinada ao seu garbo paradisíaco, liderou
com galhardia a plantação nacional algodoeira,
formando brancos mares em
vastos campos arvenses!

Em nova fase econômica, ostentando seus dotes
marcantes de versatilidade, insurgiram
em seu leito aquiescente, as plantações
canavieiras e a pecuária alvissareira!

Para nosso gáudio ainda vemos em meio a
edifícios gigantes, arquiteturas modernas e
palacetes: coqueirais, plantas antigas
esvoaçando-se exuberantes!

Visão panorâmica de Araçatuba, hoje 

Salve Araçatuba! Doce fonte frutífera  de
saborosos araçás, frutas das plantas mirtáceas,
genuínas da América, tendo originado daí,
a sugestão do seu nome e o histórico cognome
“Terra dos Araçás”.

Suas denominações são justas:
“Terra do Boi Gordo”
“Cidade indicada para
grandes investimentos”.

Traz em seu bojo também o mérito do
cognome “Cidade  do Asfalto”, pois fora
pioneira em todo o interior paulista, a usufruir
desse benefício indispensável e ornamental.

Quanta saudade arraigada de seus
límpidos riachos, dos pássaros  e frutas assaz...
Lembranças, doces lembranças
do desabrochar de araçás!

Bravos, valentes fundadores de ontem...
Não menos bravos, seus munícipes de hoje:
laço uníssono e legado de nobreza a trazer, do progresso,

suas vertentes e proezas!

*Antenor Rosalino é escritor e membro da Academia Araçatubense de Letras

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